O que é e para que tipo de queixa?

Psicogenealogia é uma prática terapêutica oriunda dos estudos de Anne Ancelin Schutzenberger, Françoise Dolto, Josephine Hilgard e do grupo de Palo Alto, formado por terapeutas e pesquisadores de vários campos da ciência (antropologia, comunicação, história, psicologia, psiquiatria, sociologia e teorias evolutivas), na década de 70 do século passado.

Trata-se de uma técnica transdisciplinar que aglutina em sua base teórica a biodecodificação, epigenética, a grafologia, a hipnose Ericksoniana, a neurociência, a PNL – programação neurolinguística, a psicologia Junguiana e o psicodrama. A psicogenealogia visa, através do estudo comparativo da história do sujeito com a história do inconsciente familiar, promover uma jornada de autoconhecimento e autonomia.

Os traumas, os vínculos afetivos, os eventos significativos, sonhos, expectativas, segredos, sofrimentos e dificuldades, que perpassam pelo geracional e transgeracional, dizem muito a respeito do sistema familiar e sua organização. Do clã familiar, não herdamos apenas aspectos monetários, genéticos (genótipo e fenótipo) e comportamentais, mas também, os valores e crenças morais. No decurso do processo terapêutico, são utilizadas diversas ferramentas tais como o genossociograma (árvore genealógica), a história de vida do paciente, dentre outras, para identificar e tratar os efeitos da transmissão transgeracional no indivíduo.

Conhecendo os nossos antepassados, seus percursos e suas histórias, nos permitimos compreender e perceber que muitos dos bloqueios, dificuldades, medos e enfermidades, não são de fato nossos (sofrimento individual), mas foram questões vividas, mal elaboradas e transferidas de geração em geração (sofrimento do sistema familiar).

Porém, a tomada de consciência pode ser uma das ações de reparação, ressignificação e resolução da perpetuação do conflito. Via psicogenealogia, descobrimos lealdades invisíveis e inconscientes que interferem em nossas tomadas de decisões, objetivos e sonhos. Conhecendo nossas raízes, aprendemos a dar valor a nossa ancestralidade e compreender seus impactos nas gerações futuras.

Duração: Cada sessão dura em torno de 60 minutos.

Procedimento: Após o paciente ter relatado sobre o motivo pelo qual ele buscou a psicoterapia. Será avaliado a necessidade e a viabilidade deste se submeter ou não ao tratamento. Em caso positivo, poderam ser utilizados diversas técnicas para auxiliar o paciente em seu percurso de autoconhecimento e autocura.